Jesus nossa esperança, tu nunca forças o nosso coração, mas vens colocar em cada um a tua luz de paz. E asseguras-nos que esta luz não desaparece. Nós gostaríamos de nunca escolher a escuridão, mas de acolher sempre esta luz que vem de ti.
Deus de amor, damos-te graças pela vida oferecida do nosso irmão Roger, que nos deixou há cinco anos e há setenta chegou sozinho a esta pequena aldeia de Taizé.Ele procurava ardentemente viver da tua confiança e afirmar a tua infinita bondade por cada ser humano, crente ou não crente. Deus vivo, tu não condenas nem excluis ninguém do teu perdão.Nesta confiança, tu concedeste-lhe encontrar a fonte da alegria e da paz: a paz do coração, que fez dele um criador de paz entre os homens.Tal como João Baptista, ele apenas queria preparar o caminho do teu Cristo, reunir o teu povo e dizer a todos: «Deus está muito próximo de vós.»Voltar-se para ti, Deus de amor, e estar próximo dos mais pobres eram para ele dois aspectos inseparáveis. Aliviar sofrimentos, acolher, especialmente jovens, ouvir para compreender tudo do outro: foi este o caminho que tu lhe preparaste para ele seguir Jesus Cristo e permanecer à escuta do Espírito Santo.Sendo pobre e vulnerável, como ele próprio dizia, ele escolheu amar com todas as suas forças.Ele amou a tua Igreja, que reúne os crentes numa só comunhão muito além de todas as fronteiras políticas, sociais ou culturais. Ela era para ele o sinal de esperança de uma humanidade reconciliada.Agradecemos-te por podermos recordá-lo com toda a Igreja. As palavras do Papa Bento falam-nos directamente ao coração quando escreve: «Que o seu testemunho de um ecumenismo de santidade nos inspire no nosso caminho para a unidade.» Os Patriarcas de Constantinopla e de Moscovo, o Arcebispo de Cantuária, os responsáveis luteranos e da Igreja Reformada e tantas outras pessoas juntaram-se a nós para te darmos graças.Concede-nos continuar com todo o nosso coração aquilo que o irmão Roger começou. Tal como ele, nós gostaríamos de viver da amizade de Cristo, pondo em prática, sem demoras, nem que seja apenas uma palavra do Evangelho.Na comunhão de toda a Igreja através do mundo e com todos os que nos precederam na fé, desde os Apóstolos e Maria, louvamos-te e cantamos-te:«Jesus Cristo, luz interior, não deixes que as minhas trevas me falem. Jesus Cristo, luz interior, concede-me o dom de acolher o teu amor.»